10.6.10

O poeta
Nos seus dias mais silenciosos
Eternos dias
Permanece com uma inquietação,
Um segredo.

Um segredo de si mesmo
Da mente que parece já ter desistido de perseguir
Por respostas que não pode encontrar

Sabe que é apenas um disfarce
Velado,
Um passeio à normalidade
Das mentes mutiladas
Pelas simplificações dos prazeres
Que se encontram à venda,
Como produtos em prateleiras.

Mas toda quietude tem seu fim
Assim como a inquietude
Que oscila
Entre a dormência da vida cotidiana
E a veemência da filosofia

A poesia dorme serena
Mas acorda
Sedenta e arrebatadora
Disposta a mais uma batalha
Que pode significar a redenção de um verso
Que exprima a verdade de um minuto
Contida em um orgasmo
Ou a incerteza de um sentimento
Eterno e inexplicável.

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